Sim, eram cartas de amor, de todo tipo de amor. Amor entre namorados muito jovens, que nutriam aquele sentimento através das palavras contidas naquelas cartas. Cartas que contavam do dia a dia de cada um deles e da contagem regressiva que ambos faziam, -certamente para encher de esperanças aqueles corações,- da espera dos beijos e abraços, que imagino, tinham vontade de se dar.
Amor saudoso de pais cheios de orgulho por seu filho pródigo terminar seus estudos de medicina, nos Estados Unidos e com louvor.
Amor de amigos, que aqui ficaram na torcida pelo sucesso de Romeu, e que muito valeu à pena, pois seu amigo se tornou um grande pneumologista.
Considero uma honra ter sido escolhida por Julienne, para fazer este trabalho, que mais do que uma COCHINA ENVÍDIA, me encheu de alegria o coração. Alegria por ver que o amor de Julienne e Romeu resistiu à distância e que todas as cartas trocadas por eles, contribuíram para isso.
Peço aqui desculpas ao casal pela inconfidência aqui por mim cometida.
(Gostaria de esclarecer ainda, que a expressão “Cochina Envídia” bastante utilizada pelos espanhóis, é algo como dizer “Tremenda Inveja”.
— Monica Iriarte